QUI 19 DEZ, 18H
«CERRAR LOS OJOS» (FECHAR OS OLHOS), DE VICTOR ERICE

Com

Isabel Nogueira
BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT
«CERRAR LOS OJOS» (FECHAR OS OLHOS), DE VICTOR ERICE

«A história de um realizador de cinema, Miguel Garay (o sóbrio e lúcido Manolo Solo), que há algum tempo deixou um filme inacabado por causa de um ator, Julio Arenas (o sombrio e destroçado José Coronado), que desapareceu de repente. E para sempre. Tudo isto aconteceu num passado estranho, o da juventude, no espaço quase sagrado em que tudo parecia possível. Décadas depois, o mistério regressa em toda a sua crua vulgaridade quando um programa de televisão decide investigar o que aconteceu, porquê e como. O ator que desapareceu é agora um homem vazio, incapaz de se lembrar e, portanto, de ser. Exploram-se questões como a memória, a identidade e o próprio tempo.» (Luis Martinez, excerto de um texto de crítica, El Mundo)

«Penso nas personagens do ator e do realizador como dois rostos de uma só entidade. O ator não tem memória, não sabe quem é. O realizador, por seu lado, tem memória a mais, não consegue fugir do peso dela. O ator foi tocado pela mão piedosa do destino, que o libertou do fardo da memória.» (Palavras de Victor Erice, entrevista a Luís Miguel Oliveira, Público)

 

Ano: 2023

Duração: 169′

 

Victor Erice nasceu em Carranza (Vizcaya) em 1940. Antes de entrar para o Instituto de Investigaciones Cinematográficas (IIEC), a escola oficial de cinema de Espanha, em 1960, estudou economia e ciências políticas. Erice escreveu crítica cinematográfica para revistas como Nuestro cine e Cuadernos de arte y pensamiento. O seu primeiro filme a solo é O Espírito da Colmeia (1973), premiado, em particular, em San Sebastian. Seguiu-se O Sul (1983), com presença na Selecção Oficial de Cannes, e O solo do marmeleiro (1992) – Prémio do Júri e o Prémio FIPRESCI em Cannes. Cerrar los ojos é a sua primeira longa-metragem de ficção em trinta anos – tendo, entretanto, trabalhado em vários projetos e realizado várias curtas metragens, de entre as quais Vidros Partidos (2012), no Norte de Portugal. O mais importante é que nunca deixei de viver como realizador, em nenhum momento, e suponho que se pode sentir isso nos filmes que terminei, que são também as consequências naturais dos que não consegui realizar. (Victor Erice, entrevista a Tomás Pérez Turrent, Positif, Maio de 1993)

 

Isabel Nogueira (1974-) é doutorada em Belas-Artes/Ciências da Arte (Univ. de Lisboa) e pós-doutorada em História e Teoria da Arte Contemporânea e Teoria da Imagem (Univ. Paris 1 Panthéon-Sorbonne). É historiadora e crítica de arte contemporânea, professora e ensaísta. Professora na Sociedade Nacional de Belas-Artes, investigadora principal no CIEBA/FBAUL. É editora da revista Arte e Cultura Visual (CIEBA). A encantatória visualidade: textos sobre cinema (Ed. Húmus, 2023) é o seu ensaio mais recente.

BILHETES 

Entrada livre, sujeita à lotação do espaço, com abertura de portas 30 minutos antes da sessão.

ENDEREÇO

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4050-239 Porto

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