Para assinalar o encerramento da exposição, o Museu do Porto propõe um dia repleto de atividades, que convidam à descoberta da fotografia pelo olhar de Maria da Conceição de Lemos Magalhães, Margarida Relvas e Mariana Relvas. Desta programação especial, destacam-se momentos criativos para as famílias, uma visita-conversa orientada pela curadora, Susana Lourenço Marques, e um concerto ao final da tarde.

PROGRAMA


10H30 | OFICINA DE CIANOTIPIA
Com Oficina Josefina

Com o papel já «pintado» põe em cima folhas, flores, rendas ou outros objetos, deixa ao sol por uns minutos e já está a nossa cianotipia quase pronta. Este é um processo de impressão fotossensível em que a cor azul ciano tem o papel principal, daí se chamar cianotipia. Vamos aprender as noções básicas que guiam esta técnica e fazer uma cianotipia inspirada na exposição «O que elas viram, o que nós vemos: Fotógrafas amadoras em Portugal, 1860—1920».

Duração: 90 minutos
Destinatários: M/3 e adultos
Inscrições através do formulário / 20 participantes


11H | OFICINA DE MINI ÁLBUNS

Com Evelina Oliveira

O que elas viram, o que nós vemos… e como podemos guardar as fotos que gostamos de ver, revisitar e olhar. Partindo do universo da exposição de fotografia patente no museu e da observação de alguns álbuns de família de Marta Ortigão Sampaio, a pintora e artística plástica Evelina Oliveira desafia-nos a criar um álbum de bolso, útil pela portabilidade e pela possibilidade de podermos guardar de modo personalizado o registo fotográfico de algo ou alguém especial. Carimbar, pintar, recortar, colar, dobrar… venha confecionar o seu mini álbum fotográfico.

Duração: 60 minutos

Destinatários: M/11
Inscrições através do formulário / 12 participantes


15H30 | VISITA-CONVERSA COM A CURADORA

Com Susana Lourenço Marques

A exposição «O que elas viram, o que nós vemos: Fotógrafas amadoras em Portugal, 1860—1920» dá a conhecer três mulheres que, no século XIX, se destacaram pela prática da fotografia em Portugal: Margarida Relvas, Mariana Relvas e Maria da Conceição Lemos de Magalhães. Numa época em que o reconhecimento das mulheres era escasso, estas fotógrafas afirmaram-se com retratos, paisagens e visões artísticas próximas do Pictorialismo. A mostra reúne provas originais, correspondência e publicações que testemunham a qualidade e diversidade do seu trabalho. Mais do que resgatar memórias esquecidas, esta visita convida a ver e a reinscrever o seu lugar na história da fotografia.

Duração: 60 minutos

Inscrições através do formulário / 20 participantes


17H | CONCERTO DE ENCERRAMENTO — A MULHER NA ÓPERA

Com Ensemble In Femmine

Nem sempre a mulher teve lugar no palco da ópera. Mulher de respeito não o fazia. Mas, assim que essas barreiras foram derrubadas, a Mulher, na ópera como na vida, aparece em todas as suas diferentes facetas. Vulnerável, forte, maléfica, bondosa, femme fatale... mulheres irmãs, aliadas, mulheres rivais.

No encerramento de uma exposição que mostra visões distintas da realidade através da lente de três mulheres fotógrafas, o Ensemble In Femmine apresenta-nos diversas mulheres através da música de grandes compositores, numa viagem educativa e envolvente ao universo feminino, ao poder e à delicadeza da Mulher tão eximiamente retratados pela pena de grandes compositores, como Puccini, Mozart e Bizet.

SOBRE A EXPOSIÇÃO

As mulheres estiveram presentes numa das mais importantes revoluções tecnológicas do século XIX – a invenção da fotografia. Desde a década de 1840 que as mulheres utilizaram a fotografia para autorrepresentação, como hobby, fundaram estúdios comerciais ou continuaram negócios familiares, desempenhando diversas funções técnicas em laboratórios fotográficos.

No entanto, o seu reconhecimento como fotógrafas, quer profissionais, quer amadoras, tem sido tardio. Após um trabalho de investigação, esta exposição apresentou, pela primeira vez, a obra de três das mais destacadas fotógrafas amadoras portuguesas, evidenciando a sua relevância. Margarida Relvas e Mariana Relvas, respetivamente filha e segunda mulher do reconhecido fotógrafo Carlos Relvas, e Maria da Conceição Lemos de Magalhães, que, naquele período, desenvolveram uma obra fotográfica de exceção, revelando a viragem de uma estética romântica para o Pictorialismo Fotográfico internacional.

Numa iniciativa inédita, que resulta de uma parceria entre o Museu e Bibliotecas do Porto e o Museu Nacional de Arte Contemporânea/MMP, propõe-se dar a conhecer a obra destas autoras, retirando-as das sombras do arquivo e inscrevendo o seu percurso, tantos anos depois, na história da fotografia.

A coleção inclui um conjunto inédito de provas originais do seu trabalho e uma diversidade de técnicas e géneros, a par de publicações e correspondência, oriundas de distintas coleções públicas e privadas.