A partir do livro «O Porto d’outros tempos: Notas históricas, memorias, recordações» (1914), de Firmino Pereira, esta sessão propõe um resgate sobre os modos como olhamos a cidade — aquilo que perdemos, o que permanece e o que está a nascer. Já no início do século XX, Firmino Pereira escrevia com saudade de um Porto que sentia em desaparecimento.

Hoje, sentindo esta mesma inquietação, podemos compreender que a cidade é um espaço intrinsecamente em mudança. Assim, a força da saudade torna-se uma forma de prestar atenção ao que se transforma, aos espaços que se reinventam, às pessoas que chegam. Ensaiaremos, então, este «Porto d’outros tempos» como um convite a compreender a cidade enquanto ponto de partida para criar laços entre as memórias que nos moldam e os encontros que nos transformam.