Como tantos outros na sua geração, José António de Sousa Basto partiu para o Brasil, onde se dedicou à vida mercantil. Os quase trinta anos que lá passou permitiram-lhe regressar a Portugal em 1850, com uma reputação considerável e proporcional fortuna. Fixou-se no Porto, onde adquiriu o Palacete dos Viscondes de Balsemão, que entretanto haviam transferido residência para Lisboa. Neste edifício tinha ficado alojado, um ano antes, o Rei Carlos Alberto da Sardenha, por quem Sousa Basto nutria tal admiração que, enquanto Presidente da Câmara do Porto, mudou o nome da praça em frente, que assim se tornou de Praça de Carlos Alberto. No mesmo palacete, onde ainda hoje se veem as armas do Visconde da Trindade – título nobiliárquico que recebeu da Rainha D. Maria II, em 1852 – mandou construir uma sala em memória do monarca italiano.

Como tantos brasileiros endinheirados, também o Visconde (depois Conde) da Trindade soube aplicar a sua fortuna em favor de diversas ações filantrópicas, tanto em Lisboa como no Porto, tornando-se benfeitor de diversas instituições. Mas foi, certamente, a Ordem da Trindade que lhe mereceu maior dedicação. As benfeitorias à instituição levaram à sua eleição como Prior Efetivo da Ordem. No recém-criado circuito museológico da Trindade, encontramos a cadeira que ocupou.